Útero: a primeira escola da vida
- Poliana Peres
- 24 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Pesquisas evidenciam que faz toda diferença sermos concebidos com amor ou ódio, ansiedade ou violência.
Faz diferença a mãe desejar a gravidez e querer ter outro filho, ou a criança ser indesejada. Faz diferença a mãe se sentir apoiada pela família e pelos amigos, não ter vícios, viver um ambiente estável e sem estresse e receber cuidados pré-natais de boa qualidade.
Quanto mais empáticos, carinhosos e afetivos somos, quanto mais ensinarmos a nossa prole, desde a concepção, um sentimento de valor pessoal, confiança e amor.
E como as emoções e pensamentos maternos são comunicados à criança por nascer? Desde a concepção, a criança por nascer tem um diálogo com a mãe e com o mundo externo, através dela.
Existem 3 canais de comunicação principais:
Canal 1: molecular.
As moléculas maternas de emoção, inclusive hormônios do estresse como adrenalina noradrenalina, neuro-hormônios e hormônios sexuais chegam pelo feto por meio do cordão umbilical e da placenta. Nesse momento mãe e bebê são fisicamente um.
Canal 2: comunicação sensorial:
Ao acariciar a barriga, conversar, cantar, caminhar, correr, em todos esses momentos a mãe está se comunicando com seu bebe através dos sentidos das crianças. Quando as mães estão deprimidas, ansiosas, são expostas à violência ou usam drogas, serão menos propensas a saber ouvir seus bebês e os significados dos seus choros ou de conseguir enviar mensagens positivas.
Canal 3: comunicação intuitiva.
Sabe aquela história que um irmão gêmeo sabe se o outro está doente mesmo que estejam a milhares de quilômetros um do outro? Ou quando vc tem vontade de olhar para trás e encontra alguém? O canal intuitivo transmite os pensamentos, as intenções e grande parte das suas emoções ao bebê. E, pelo mesmo canal a mãe recebe mensagens do filho por nascer...
É por meio desse sistema complexo de comunicação pré-natal que o feto se familiariza consigo mesmo, com a mãe e com o mundo em geral.
E o bebê quando nasce é separado da mãe fisicamente, mas existe algo além do corpo físico: há o corpo sutil, emocional e espiritual.
Mesmo após nascer o bebê vive como se fosse dele tudo aquilo que a mãe sente e recorda, aquilo que a preocupa ou o que ela rejeita, pois para o bebê eles ainda são um.
Os bebês, devido ao seu grande corpo sensível, consegue manifestar todas as nossas emoções, sobretudo as que nós ocultamos.
As vezes nos sentimos tristes, com medo, e dizer isso ao bebê deixará claro para ele que aquilo é seu e não dele.
O bebê pode não entender o significado literal da palavra, mas ele sente a emoção delas, e isso é algo que vem muitas vezes do nosso inconsciente e que nem sabemos.
Ao segurarmos nosso bebê no colo buscaremos no nosso inconsciente como fomos criados quando éramos bebês...
E aí teremos contato com a nossa sombra, que segundo Laura Gutman é desenvolvida na infância.
Como foi o seu nascimento e infância? A resposta pode te mostrar os caminhos que quer ou não seguir.

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